Luciano Huck fez uma infeliz pergunta em seu programa dominical

O apresentador global Luciano Huck entrou numa grande polêmica no último final de semana. Uma das perguntas do jogo “Quem Quer ser um Milionário”, do Domingão com Huck, questionava a frase que George Floyd, homem negro sufocado sob o joelho de um ex-policial branco, disse antes de morrer. A fala virou grito de protesto contra o racismo nos Estados Unidos.

Com isso as pessoas na internet caíram em cima do renomado apresentador. Inclusive, o professor, advogado e colunista da Folha de São Paulo, Thiago Amparo, comentou sobre o assunto no Twitter, marcou o apresentador e questionou sobre o fato do global utilizar o tema bastante sensível, principalmente para pessoas da comunidade negra, em um programa de entretenimento.

“Oi, Luciano Huck. Sei que me segue aqui e já trocamos ideias! Vamos falar sobre essa pergunta? Para pessoas negras, o caso do Floyd (e tantos outros Floyds brasileiros) é traumático ao ponto de fazer com que colocar suas últimas palavras num quiz de entretenimento seja inaceitável”, escreveu ele. “Se quiser, você ou sua equipe, falar um pouco mais sobre isso, estamos aqui”, escreveu.

Por sua vez, Luciano se desculpou pelo ocorrido passado em rede nacional. “Você tem toda razão sobre a pergunta formulada. Estou cada vez mais consciente do quanto devo evoluir no letramento antirracista além da intenção. Não tenho acesso prévio às perguntas e desta vez não tive a presença de espírito para reagir de imediato. Errei. Peço desculpas. E vamos conversar”, disse.

George Floyd foi um homem negro que foi assassinado em 25 de maio de 2020, depois que Derek Chauvin, então policial de Minneapolis, ajoelhou-se no pescoço dele durante oito minutos e quarenta e seis segundos, enquanto estava deitado de bruços na estrada. O assassinato ocorreu durante a prisão de Floyd em Powderhorn, Minneapolis, Minnesota, e foi gravado em vídeo nos celulares por diversas pessoas. As gravações em vídeo, mostrando Floyd dizendo repetidamente: “I Can’t Breathe!” (“Não consigo respirar”) foram amplamente divulgadas nas plataformas de redes sociais e transmitidas pelos meios de comunicação do mundo inteiro

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