Cachê do show de Gustavo Lima investigado por MP daria para pagar show de todos artistas de Rap que cantaram na Virada Cultural de SP

Público começou a vasculhar cada cachês de artistas, usado com dinheiro público principalmente dos sertanejos.

A polémica do cachê, usado com dinheiro público, do show do Gusttavo Lima tomou conta dos noticiários nessa semana. A prefeitura da cidade Conceição do Mato Dentro (MG) organiza o evento da 32ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus Do Matozinhos, que acontece entre os dias 17 e 23 de junho. O valor do show do cantor Gusttavo Lima chamou atenção por custar R$ 1,2 milhão aos cofres públicos do município.

Além do cachê, o contrato do cantor previa hospedagem para 40 pessoas da equipe nas especificações escolhidas pelo contratado, transporte para o artista, músicos, técnicos e produção, bem como gastos diários de alimentação, no valor de R$ 4 mil. Uma coisa curiosa nisso tudo é que o valor esse valor do cachê de um artista é bem maior do que vários rappers juntos na Virada Cultural que aconteceu em São Paulo.

Se somar todos os cachês do Djonga, Filipe Ret, Karol Conká, BK’, Rael, Mv Bill, Rashid, Planet Hemp, Drik Barbosa, Criolo, Mc Soffia e Black Alien dá um total de R$871 mil, ou seja,  o valor seria quase 400 mil reais a menos do que o cantor sertanejo receberia na cidade mineira.

Em nota que foi divulgada pelo G1, a prefeitura afirma que o evento trará benefícios e avanço para a cidade. Além disso, o Ministério Público de Minas Gerais investigará para saber se um inquérito sobre o assunto deverá ser aberto.

“Eventos que tragam melhoria na vida da comunidade e ou investimento para o desenvolvimento econômico da cidade, são gastos advindos do turismo, para atrair turista”, disse a prefeitura em nota, que também afirma que o município possui 39 hotéis e pousadas. Ela  afirma, também, que o evento irá atrair mais de 20 mil turistas para o local. A estimativa de retorno financeiro, então, se aproxima de cerca de R$21 milhões.

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