Elon Musk ameaçou formalmente rescindir seu acordo multibilionário de fusão com o Twitter.
Conforme relatado pela Associated Press nesta segunda-feira, os advogados que representam Elon Musk acusaram o Twitter de reter dados relacionados a spam e contas falsas na plataforma. Os comentários, incluindo a ameaça de encerramento do negócio, chegaram na forma de uma carta apresentada em um arquivamento da SEC com data referente ao dia 6 de junho.
“O Twitter, de fato, se recusou a fornecer as informações que Musk solicitou repetidamente desde 9 de maio de 2022 para facilitar sua avaliação de spam e contas falsas na plataforma da empresa”, disseram os advogados de Elon na carta, também datada de 6 de junho. “A última oferta da plataforma de simplesmente fornecer detalhes adicionais sobre as metodologias de teste da própria empresa, seja por meio de materiais escritos ou explicações verbais, equivale a recusar as solicitações de dados do Sr. Musk”.

Em outra parte da carta, dirigida especificamente ao diretor jurídico do Twitter, os advogados apontam para “vários termos do acordo de fusão” exigindo que a empresa compartilhe dados e outras informações a pedido de Musk.
“Neste momento, Elon Musk acredita que a plataforma de mídia social está se recusando de forma transparente a cumprir suas obrigações sob o acordo de junção, o que está causando mais suspeitas de que a empresa está retendo os dados solicitados devido à preocupação com o que a própria análise de Elon desses dados irá descobrir.
Se o Twitter está confiante em suas estimativas de spam divulgadas, Musk não entende a relutância da empresa em permitir que seu proprietário avalie independentemente essas estimativas”. Essa questão está no centro das manchetes de Musk x Twitter há algum tempo. Em maio, ele disse que seu acordo de aquisição da plataforma estava “temporariamente suspenso”, enquanto aguardava mais informações sobre spam e contas falsas. Mais tarde naquele mesmo mês, Elon foi processado pelos acionistas do Twitter.
As histórias focadas em Musk têm sido frequentes desde o anúncio do Twitter em abril de entrar em um acordo definitivo sob o qual seria adquirido por uma entidade de propriedade do CEO da Tesla e fundador da SpaceX. Na época, a transação – que também faria a plataforma se tornar uma empresa privada – foi avaliada em cerca de US$ 44 bilhões.
Destaca-se em meio à cobertura relacionada as repetidas menções à proibição permanente do Twitter do ex-presidente Donald Trump. Musk disse que acredita que Trump deveria poder retornar à plataforma, embora também tenha dito que preferiria um “candidato menos divisivo” em 2024.